A banda está de volta com um álbum que é pura poesia gótica!
Parece até que os deuses da música deram uma pausa nos sintetizadores pop e chamaram Robert Smith para nos lembrar do que é escuridão de verdade. O The Cure, aquela banda que há mais de quatro décadas dita o tom sombrio e poético da música gótica, voltou com “Songs of a Lost World”, um álbum que chegou com uma celebração épica no Troxy, em Londres, na última sexta-feira (01).
Nós da Rádio Fliperama escutamos o álbum na íntegra e vamos falar de uma das nossas bandas favoritas.
Uma volta em grande estilo
Imagina esperar por um disco novo da sua banda favorita por 16 anos e, de repente, ele chega assim: com um show à altura de uma lenda do rock! O The Cure não quis saber de timidez e fez questão de apresentar o novo álbum de cabo a rabo, para delírio de um público que já estava em êxtase só de ver a banda no palco outra vez. E, para tornar tudo ainda mais épico, o show foi transmitido ao vivo pelo YouTube, porque emoção boa é aquela que a gente compartilha com o mundo inteiro. É aquela coisa, se for para enlouquecer que seja com estilo. E foi exatamente o que aconteceu!!!
Para quem esteve lá, foi uma loucura coletiva: a banda tocou clássicos que aquecem até os corações mais peludos, como “In Between Days”, “Pictures of You”, “Lovesong” e, claro, “Just Like Heaven”. São canções que praticamente definem o som dos anos 80 e nunca perdem o brilho — ou melhor, a neblina gótica — com o passar do tempo. Foi como se Robert Smith, com seu cabelo desarrumado e maquiagem icônica, estivesse ali para nos lembrar que algumas coisas, felizmente, não mudam nunca. Aquela saudade básica dos anos 80.
Homenagem a uma era gloriosa
O The Cure também reservou uma surpresa nostálgica que fez até os fãs mais durões se derreterem. Em homenagem aos 45 anos de “Seventeen Seconds” (de 1980), o grupo revisitou cinco faixas desse álbum que deu início à história do post-punk sombrio que até hoje influencia gerações. Dá para imaginar a energia da plateia ao ouvir essas relíquias ao vivo? Como era de se esperar, o show de três horas teve direito a um bis de arrepiar, com “Lullaby”, “Friday I’m in Love” e, claro, “Boys Don’t Cry”, o hino eterno para quem já teve o coração partido — ou só queria ser um pouco mais misterioso na adolescência. Acho que todos mundo da época teve uma fase assim, admita.
Reflexões sobre a vida, o tempo e os infortúnios do mundo
Mas o The Cure não é só nostalgia. O que torna “Songs of a Lost World” um retorno tão poderoso é o fato de que ele traz o grupo em sua forma mais reflexiva e, ao mesmo tempo, devastadora. Sabe aquele som Gótico Raiz? Sim esse mesmo, Robert Smith, com sua voz que parece emanar das profundezas do abismo, entrega letras que exploram as nuances do envelhecimento, a dor do luto e as marcas das experiências acumuladas ao longo dos anos. Em “I Can Never Say Goodbye”, por exemplo, Smith canta sobre a perda do irmão, uma dor que muitos conhecem, mas poucos conseguem expressar com tamanha honestidade e profundidade.
E não para por aí. Na faixa “Warsong”, ele denuncia as guerras e as atrocidades que tem visto ao longo da vida, deixando claro que o rock gótico também é um canal de protesto e questionamento. Afinal, se você pensava que The Cure era só sobre amor não correspondido e noites escuras, está na hora de revisitar a discografia com uma lupa mais afiada. Quem sabe não fazemos um vídeo em nosso canal do YouTube falando da discografia do The Cure, o que você acha?
Gostamos muito da faixa “A Fragile Thing” que tem uma linha de baixo pesada mais a atuação espetacular de Roberto Smith ao vivo.
Songs of a Lost World está disponível em vários formatos, incluindo LP padrão, LP duplo, vinil colorido exclusivo de loja independente, CD, CD deluxe com Blu-ray e edições digitais.
O que vem a seguir para o The Cure?
O The Cure é o tipo de banda que nunca decepciona, e os fãs já podem começar a economizar para a turnê mundial de 2025, que Robert Smith promete ser a última antes da aposentadoria planejada para 2029. Para uma banda que influenciou o rock alternativo como poucas, essa notícia é um verdadeiro divisor de águas. Mas, claro, Smith deixa a promessa no ar, e a gente sabe como é difícil dizer adeus – especialmente para quem nunca saiu realmente do coração dos fãs.
Se este álbum de retorno nos ensina algo, é que o The Cure continua sendo uma presença insubstituível no rock e na cultura pop, um lembrete de que a boa música tem o poder de transcender o tempo. E, ao que parece, Robert Smith e companhia ainda têm muito a dizer sobre este mundo perdido. Então, prepare seu casaco preto, afie o lápis de olho e embarque nessa viagem sombria e nostálgica enquanto pode. Porque, se tem uma coisa que esse show provou, é que o The Cure está mais vivo do que nunca — e nós estamos mais prontos do que nunca para ouvi-los.
E você, perdeu a transmissão do show? Fica tranquilo meu consagrado, logo aqui a baixo tem o show completo de 3h só pra você curtir! Da um tapa no play e faz a sua viagem Gótica com o The Cure!!!
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